Aventuras ao mar - Agora a bordo de Tinkerbell

Na vida a bordo nem tudo são flores, e há muito serviço a ser feito. Engana-se você ao pensar que entrar nesta água fria ao menos uma vez ao mês é excelente para a alma e muito divertido! De fato não é... O barco na água, apesar de ter uma tinta de fundo venenosa, cujo objetivo é não permitir que as cracas (aquelas conchas que vemos nas pedras que ficam na água, sabe?) grudem em seu barco. A tinta tem um período de validade (segundo o fabricante apenas 1 ano, mas na prática dependendo da qualidade pode durar de 02 a 03 anos...), e com o passar do tempo, vai perdendo sua eficácia, o que significa que a freqüência com que o fundo deve ser limpo aumenta! As cracas adoram superfícies duras e rochosas, e ao ver seu lindo barquinho adora se instalar nele! Tudo começa com algumas algas, verdes, peludas, parece uma grama, que se instalam em seu barco.  As cracas vem na carona também e depois os crios e camarões minúsculos, e os peixes que adoram estes pequenos animais de se aconhegaram,

Bem... nós tivemos que realmente trocar o rádio... Identificamos que nosso cabo estava em curto, ao analisar o cabo, identificamos que tinha uma emenda, ruim, mas pior ainda, a emenda estava com conector de TV, o que é totalmente inadmissível... Bem, então vamos trocar o cabo... Procuramos o cabo RG-58 RFS KMP e encontramos uma variedade de preços que custavam desde R$ 5 o metro até por volta de R$ 11. Mas procurando um pouco mais, encontramos um distribuidor de cabos, em uma empresa que fica pertíssimo da casa da minha mãe e lá o cabo custava R$2,00 o metro + imposto, compramos 50 metros e pagamos R$ 105,00, impressionante, uma baita economia! Meu irmão gentilmente buscou o cabo para a gente na loja (foi a pé) e no feriado quando veio nos visitar trouxe o cabo! Ao subir no mastro para trocar o cabo, identificamos que a antena estava em curto, ou seja, tivemos que trocar a antena também. Pagamos R$ 500 na antena Shakespare na Regatta, aqui na Ilhabela mesmo. Subimos novamente no m

No último sábado fiz um desabafo por causa de nosso rádio, que não estava querendo funcionar... O André que já trabalhou em laboratório de eletrônica fez uma tentativa de recuperar, pois, bem provavelmente é o filtro e muito provavelmente ainda é mau contato, proveniente do microfone. Bem... ele abriu o alto falante, verificou todas as soldas, limpou tudo e quando conectou funcionou!!! Mas a alegria durou muito pouco, pois logo parou de funcionar novamente. Outro item que costuma dar defeito é o cabo do rádio, chamado cabo PTT de 5 vias e como vimos seu aparente desgaste, achamos que valeria a pena trocar e quem sabe não ter que comprar um rádio novo. Procuramos este cabo na internet e o preço é por volta de R$ 35,00, mas se encontrássemos aqui na Ilhabela seria perfeito! Pois bem.... Hoje o André saiu para comprar uns parafusos e decidiu passar em uma lojinha chamada Eletrovolt. - Você possui o cabo PTT de 5 vias? - Deixe me ver... Procurou na loja, procurou no carro... e achou

Eu li em algum lugar que já não me recordo: velejar é realizar manutenções em locais paradisíacos!! E é bem verdade, uma vez que já nem consigo enumerar todas as coisas que já quebraram em nosso veleiro e que já tivemos que dar manutenção, neste primeiro ano a bordo... Fora é claro o dinheiro gasto para estas manutenções, que requerem algumas vezes sua substituição completa por seu elemento novo (como o manete do acelerador), ou uma substituição por outra solução absolutamente criativa e diferente (como substituir o boiler pelo trocador de calor), ou ainda reparar o item quebrado. Já foram diversos itens e olhando de fora parece até brincadeira, mas não é! E hoje, ao verificar a antena do rádio que havia entortado um pouco por causa dos ventos fortes dos últimos dias, descobrimos que não está funcionando... Provavelmente algum filtro de recepção esteja danificado e dificilmente conseguiremos repará-lo, já que são módulos fechados. O jeito é comprar um novo... No mínimo R$ 1.000 para

Para ter permissão de conduzir uma embarcação, assim como conduzir um veículo automotivo, é preciso ter uma carteira de habilitação. Também no mundo náutico são alguns níveis de carteira habilitação que existem: - Arrais Amador: Permite conduzir uma embarcação nos limites de navegação interior - Mestre Amador: Permite conduzir uma embarcação nos limites de navegação costeira (até 200 milhas da costa) entre portos nacionais e internacionais. - Capitão Amador: Permite conduzir uma embarcação em portos nacionais ou internacionais sem limite de afastamento da costa. Cada uma das habilitações, exigem conhecimentos específicos, que são os conhecimentos utilizados para estes 3 tipos de navegação e você só pode tirar uma carteira de mestre, por exemplo, se já tiver a de arrais, ou seja, os conhecimentos são cumulativos. Os conhecimentos exigidos para o Arrais englobam basicamente: - Luzes de navegação - Sistemas de balizamento - Manobras de embarcação (atracar, desatracar, pegar bó

Nestes últimos dias realizamos diversas manutenções em nosso bote de apoio, pois o silicone do gancho que havíamos instalado há um ano atrás, já não estava mais impedindo que a água entrasse nele, resultando em um monte de água dentro do casco. Tiramos o gancho e como nosso U-bolt não estava soldado, pedimos algumas indicações e encontramos o San, que é mergulhador e também faz serviços de soldagem em aço inox. Enchemos de silicone para penetrar bem dentro do casco, esperamos secar, instalamos o gancho novamente, mais cola, mais tempo para secar, depois de seco, mas um aperto na porca e voilá! Depois de 02 dias presos dentro da Tinkerbell (a não ser que quiséssemos ir nadando até a praia, o que neste tempo de águas geladas, não recomento), finalmente colocamos o bote na água. Ainda estudando a melhor forma de deixar o bote preso, amarramos um cabo nele e um gancho neste cabo, mas hoje o mar não está nada amigável. Daqueles dias que ficam batendo onda atrás de onda e você vai pegand

Quem está na água é para se molhar certo? E quem está no mar? Tem que comer peixe!! E olha só o peixão que "pegamos"! E nos perguntaram! Nossa que beleza! Mas o que usaram para "pegar" o peixe, isca artificial ou natural? Na verdade usamos artificial: uma nota de 20 e uma de 10 hehehe. Sim, compramos de um pescador local que pescou com arpão rss. Mas limpamos toda a tainha e colocamos nós moscada nela! Guardamos na geladeira e no dia seguinte foi diretamente para a churrasqueira! Colocamos sal grosso com tempero de ervas e rodelas de cebolas roxas. Ficou um pouco salgado pois o sal grosso penetrou muito e diferente de uma carne, não dá para bater para tirar o sal!! De qualquer maneira ficou excelente, realmente uma delícia! Não sobrou nadinha!

Pela primeira vez em que se tem notícia, estávamos na Ilhabela, na semana de vela, com nosso próprio veleiro! Sim, este é um acontecimento e tanto e você deve estar pensando, que legal, em que lugar vocês ficaram na regata?? Bem... Não gostamos de regata e não participamos de nenhuma rss, mas sim, foi muito divertido estar aqui na semana de vela. Como a nossa poita fica exatamente em frente da saída do Yacht Club de Ilhabela, pudemos ver um verdadeiro desfile de veleiros que saíram para as regatas. Alguns veleiros clássicos, muito lindos de ver como o Atrevida, que precisa de apoio para sair do Yacht Club, pois não consegue nem fazer a curva! Outros, pequenos mas ainda sim clássicos: Alguns já saiam abrindo as velas: E outros fazendo manutenção um pouco antes de saírem: De qualquer forma participar desta semana foi realmente muito interessante e até assistimos a palestra do Wilfredo Schurmann que foi muitíssimo interessante. E até pegamos o finzinho de uma palestra d

E chegou a hora de esvaziar nossa casa em SP e colocar para alugar, um verdadeiro trabalhão! Móveis, mesas, TV, coisas grandes foram todas para a casa da mãe do André no interior, além de nosso outro carro. As nossas roupas, sapatos e livros foram todos doados, distribuídos entre as nossas famílias, minha prima e meu irmão saíram carregados! E é claro que aproveitamos para nos divertir um pouco bebendo no Set Camarim e aproveitando para rever os amigos Mariana e Marcelo Também almoçamos com a minha vó no feijão de corda, onde comemos um torresminho que estava divino! E é claro que não podia faltar o churrasco!  Com direito a maionese e vinagrete! E ainda fomos de carro para o interior e levamos diversas coisas, mas muitas delas precisamos trazer até a Tinkerbell e depois de uma saga, ônibus de viagem (6horas) + metro (30 min) + espera (1,5 horas) + ônibus de viagem (3,5 horas) + balsa (30 min) + taxi (20 min) + bote (10min), finalmente deixamos a Tinkerbell ainda

Trocamos o nosso DogHouse! O antigo já estava bem surrado, com rasgos nas laterais, quase rasgando na parte do botão e o pior de tudo, não estava mais impermeável, ou seja, quando chovia, fica pingando água dentro da cabine, em cima da escada! Resolvemos então que era hora de trocar e fizemos o serviço com o Victor, na Ilhabela. Indicado pela North Sails, ele trabalhou muito tempo lá e fez um ótimo serviço! Dá só uma olhada no nosso novo DogHouse: Aproveitamos também que já íamos trocar o DogHouse e trocamos nosso Bimini que estava em iguais condições!  Com ziper nos lugares adequados que permite a fácil retirada quando necessário. Ficou excelente! Os serviços do Victor são muito bons, e os preços muito justos! Ele também fez como nós pedimos, com ziper na base para prender à estrutura, pois assim, quando quisermos retirar o doghouse, fica muito mais fácil e não precisamos ficar dobrando ele, o que faz com que o acrílico estrague muito mais rápido!

Bem, não tenho muito a dizer, acredito que as fotos falam por si mesmas! Os estofados da Tinkerbell já estavam bem antigos, gastos pelo tempo e com botões, que apesar de revelar a idade dela, um verdadeiro clássico, era um pouco assassinos... Espera um minuto... Você disse assassino?? Como um botão pode ser assassino? Bem... É porque você nunca tentou sentar neste sofá e levou uma botoada na cara!!! Afe... E depois, quando ele saía voando por aí, você tinha que arrumá-los, tínhamos vários botões de plástico de spare, que os antigos donos nos deixaram (talvez não tenha sido só eu que levei um botão na cara!). Mas era muito trabalho para trocar e depois ele querer sair voando por aí novamente... A nossa cama de popa tinha os colchões já muito gastos, era meio que dormir quase direto na madeira... Colocava até uns edredons em cima do colchão para ver se melhorava um pouco, mas sem muito sucesso.... Nossas costas que o digam! Resultado: Nada de botão! Mudança de cenário comple

Exceto por aquele dia que contei aqui, que uma super tempestade atingiu Paraty, passando pela Marina Farol de Paraty e derrubando até o cais e soltando barcos, os ventos que atingem esta parte do Brasil são bem tranquilos. Em Ilhabela no geral, também é razoavelmente tranquilo, mas de vez em quando tem sim uma tempestade de vento que dura algumas horas (e as vezes alguns dias). Foi o caso deste dia!! Até soltou a genoa de um veleiro nosso vizinho, o Bohemio, cujo marinheiro bem rápido foi socorrer e guardar a vela dentro da cabine! Está aqui o vídeo mostrando! Fortes emoções! E você pensa que ninguém sai? Pois tem gente que foi velejar com este vento! Ficamos pensando que seria ideal para aprender algumas coisas, em um ambiente controlado!! :) Mas nós ficamos na poita mesmo rss.

Hoje é dia de festa, e festa de comida! A festa da Sardinha, em Ilhabela que foi realizada na Praia de Santa Tereza, que por uma eventualidade é exatamente a praia em que ficamos na poita! Então, mesmo que sardinha não seja um de nossos peixes prediletos (me perdoem os portugueses... talvez o dia que for em Portugal posso mudar de opinião, vamos ver...), tem muita espinha!! Nós prestigiamos a festa mesmo assim e com direito até a caipirinha de morango, que a Mariana, da Marina Lisarb estava vendendo! Hoje também foi dia de pequenas manutenções, como muitos dias são! Trocamos a nossa bandeira, que já estava bem precisando, depois de muito sol e ventos! E também deixamos as pontas dos cabos bem bonitas para não se soltarem! Um verdadeiro trabalho de arte do André!

Se vocês acompanham nosso blog, sabem que encontramos uma parte de nosso tecido da vale descosturado e tentamos até costurá-lo http://aventuras-ao-mar.blogspot.com.br/2017/04/dia-de-costura.html! Mas não apenas a genoa apresentava alguns problemas, mas também nossa vela mestra, e por isso resolvemos realizar diversos reparos nestes nossos "motores" principais, com a mesma empresa que fabricou nossas velas, a North Sails. Chegamos até a cotar um par novo de velas, mas estava absolutamente e totalmente fora de nosso pequeno orçamento, por isso mandamos realizar os reparos.  Para variar tudo neste mundo náutico é um absurdo de caro, é só dizer, ahh é para barco?? Custa 5 vezes mais, um absurdo, mas enfim! Neste reparo, resolvemos trocar todo o tecido azul da vela, este que protege do sol, porque o outro já estava bem gasto e descosturando tudo e nesta troca, decidimos também aumentar a área deste protetor, assim, quando fechamos nossa Genoa, não precisamos deixar tão ap

Vendi meu carro! Sim, vendi meu carro... A primeira parte do desprendimento de terra e início de vida a bordo! Apesar de fazer algum tempo que estamos ficamos direto no barco, apenas agora resolvemos vender um de nossos carros, no caso o meu rs. Vendi para dona Cida, a mãe do André, o que facilitou bastante as coisas! No entanto fomos realizar a entrega em Ribeirão do Sul, uma cidade perto de Ourinhos! Na ida, de carro, paramos neste posto que achamos um charme, chamado Estação Kafé em Santa Cruz do Rio Pardo.  E aproveitamos para beber estes 3 tipos diferentes de Guaraná que tinha para vender no posto! De todos achamos o Guaraná Cruzeiro imbatível! A viagem de ida foi sossegada, de carro, fomos tranquilamente em nosso ritmo, mas a viagem de volta foi uma verdadeira saga! Primeiro pegamos um táxi de Ribeirão do Sul, até Ourinhos, era umas 22:30 da noite. Saímos no ônibus noturno, em Ourinho, as 23:45 com destino à São Paulo - Rodoviária da Barra Funda. Chegamos por volta

Minha querida tia Sonia, que mora na Espanha, veio passear aqui no Brasil e aproveitamos para nos encontrar em uma noite super animada na casa da tia Preta. No foto a baixo na ordem da esquerda para direita, Tia Preta, Tia Sonia e minha vó! Comemos muita pizza porque ninguém é de ferro e conversamos bastante! Galera toda reunida: Nesta ida a São Paulo, aproveitamos também para encontrar com a minha querida mãe.

O Eduardo e a Ana Cris resolveram nos fazer uma visita, já que não aproveitaram quase nada na última velejada! Mas é claro que foi a Ana Cris que veio e não a Tábita, e por isso quando estávamos comendo e bebendo no Borrachudo caiu a maior tempestade! Vimos, com o coração na mão, um veleiro se arrastando no Canal de São Sebastião e pensando no pior! Uma lancha foi correndo do cais em prontidão para ajudar, mas havia pessoas dentro do veleiro que conseguiram resolver a questão a tempo! Ufa! Parece que estavam ancorados e a ancora garrou e eles foram sendo levados pelo vento e a correnteza, mas ligaram o motor e puderam manobrar a tempo! Esperamos parar a tempestade, para voltarmos a bordo, por volta da 1 da manhã, rs. No dia seguinte fizemos a estréia de nossa churrasqueira e é claro que choveu estragando nossa alegria! Acho que a Ana Cris deveria vender serviços de chuva, dança da chuva, para áreas onde precisam de irrigação e água! Acabaria com a seca! Mas nos divertimos me